Dr. Walter Jr. Boim Araujo
Cirurgia Vascular e Endovascular
Ecografia Vascular
Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia
CRM: 19850-PR
O traumatismo vascular é a destruição dos vasos sangüíneos que nutrem importantes áreas do organismo. Esta perda de integridade interrompe abruptamente o suprimento de oxigênio para os tecidos, carreado pelo sangue, levando à morte dos mesmos.
A violência nos centros urbanos e os acidentes de trânsito e trabalho são os principais responsáveis pela maioria dos traumas vasculares.
É a segunda causa de morte no mundo e a primeira entre a faixa etária até os 40 anos, refletindo com importante conotação sócio-econômica para o país.
O quadro clínico pode ser variado conforme o tipo de agente etiológico (faca, projétil de arma de fogo, acidentes etc), a localização do ferimento vascular e as manifestações provocadas por lesões associadas neurológicas, de ossos e articulações e de tecidos moles (músculo, sub-cutâneo e pele).
O diagnóstico é facilmente realizado pela presença de hemorragia através da área lesada, hematoma que aumenta de volume e pela diminuição da temperatura e palidez do membro afetado, corroborado pela ausência de pulsos distais à lesão.
Em Alguns casos faz-se necessário a realização de métodos diagnósticos como o ecodoppler e arteriografia, para melhor elucidação do caso.
A conduta a ser tomada é a mobilização de equipes de atendimento pré-hospitalar (por ex: SIATE, SAMU etc) para transferência do paciente para uma unidade hospitalar onde tenha cirurgião vascular de plantão, para que se realize a correção da lesão no tempo adequado. Durante este período devem-se realizar medidas como:
*Compressão do local da ferida.
*Elevação do membro lesado.
*Não utilizar torniquetes. O uso de torniquetes deve ser evitado (oclui a circulação venosa; circulação colateral etc); no entanto quando os recursos materiais e humanos forem mínimos e a compressão externa ineficaz, um torniquete bem aplicado pode preservar a vida.
*Não remover agentes lesivos empalados (por exemplo faca, caco de vidro etc) pois estes devem ser removidos somente na sala de operação, eventualmente após avaliação angiográfica pré-operatória, pelo risco de desencadearem uma hemorragia potencialmente fatal.
A importância da correção efetiva destas lesões favorece a reabilitação precoce destes pacientes. Já as lesões não corrigidas de forma eficaz podem levar a sérias complicações, desde limitações funcionais até a perda do membro.